Tocar a vida para frente....


A solidão nos torna vulneráveis frente  as malícias de pessoas interessadas em aproveitar o momento de fragilidade e desejo de companhia. Estar só  e tristes nos limita ao acaso, que atraí oportunismo.
Ficar só quando não é um convívio supremo, mas o resultado da depressão nos deixa a mercê do abismo, impotentes diante de atos e omissões das pessoas que supostamente nos amam.
O estilo pós moderno legou alternativas para superar distâncias, acessar sobre tudo, porém todas as facilidades não acalmam a dor da solidão, da tristeza de não sentir chão, do pânico em enfrentar cara a cara as pessoas como iguais, o medo de não conseguir manter o controle e gritar até perder a voz, cansar o corpo, parar a mente.
A busca pelo lugar, onde seja possível desnudar-se dos sentimentos reprimidos, a falta de contato humano verdadeiro, sem máculas de desdém, apatia e indiferença, é uma quase certeza de encontrar o sentido da dor, a cura da alma. Um caminho que cada um faz só, percorrido por milhares de pessoas em cada canto do planeta, que todos os dias carregam o lema de tocar a vida para frente, na expectativa de superação da solidão, da indiferença e da dor da alma.

Rosicler Fátima Tomaz Pereira Schäfer 


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