POESIA: AQUELA RUA
Aquela rua
Ao passar naquela rua, trajeto
De todos os dias, estrada companheira
De sonhos infinitos e reais, momentos
únicos.
Hoje sinto o pânico e a dor de existir,
sem
Aquela magia de alegria contagiante, de
Caminhar sem peso, sem mágoas, sem
Sonhos desfeitos, sem sentir a cada
passo
O calor do abraço, o suor do aperto de
mão
Apaixonado, alucinado por ser o tudo e o
nada.
É estranho caminhar só, sem sentir e
ouvir
As palavras e divagações dos diálogos
existenciais
Tão humanos, palavras fortes de mudanças
e
Sonhos de um mundo feliz, cheio de
quadros de amor.
É estranho caminhar só, sem se entregar
as
Emoções das conversações apaixonadas,
dos
Ideais filosóficos e das místicas e
utópicas
Teorias do universo sem fim e azul.
Aquela rua, tão distante e perdida do
existir
Real, do cotidiano, do tédio, é a minha
rua
Sem cordão, é a imaginação fantástica de
Minha alma alucinada, sem qualquer
limite
No sonho, na magia e exuberância do
amor.
Saudade ficou, da amizade, do cúmplice e
Amante, do passo, ante passo, pós passo,
Daquele suave compasso entre o calcanhar
e o
Pensamento, entre a minha e a tua alma.
Rosicler Fátima Tomaz Pereira Schäfer
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