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INFIDELIDADE
As
relações humanas são complicadas, sendo por vezes temerária para muitos
indivíduos. Na maioria das vezes, a angústia, e as dúvidas fazem parte do
viver, principalmente nas relações afetivas com o outro.
Toda relação passa por fases,
e em cada uma delas, os desafios para manter o equilíbrio dos sentimentos, das
cumplicidades do cotidiano, e a proteção da individualidade de cada um, exigem
paciência e desprendimento do ego.
A
segurança afetiva, transforma o relacionamento em templo sagrado dos parceiros,
protegido com afeto e lealdade. Como na vida a perfeição é rara, parte dos
relacionamentos tem seus templos sagrados violados pela infidelidade, que gera ao
outro perda de confiança, angústia, sofrimento interior, causado pela busca das
razões e ponderações dos motivos, da quebra da segurança.
A
verdade, é que a infidelidade não tem motivo justificável, a ser encontrado na
vítima, é um agir do infiel, que em determinado momento estando em conflito
dentro de si, enfrentando desconfiança na sua capacidade de preservar o seu
templo sagrado de segurança afetiva, opta por fugir e negligenciar a manutenção
de uma vida sem rupturas emocionais.
Assim,
nas relações humanas a infidelidade, é um fenômeno conhecido e que causa danos
aos conceitos e princípios da existência das pessoas. O ser infiel, atinge a
imagem que cada um tem sobre si mesmo, sendo que tal manifestação desleal é
vivida na intimidade, mas é marcante entre relações sócias baseadas na
manutenção de status quo, nos
políticos em suas atitudes e condutas desonestas e corruptas.
A
dor da infidelidade direciona os indivíduos ao individualismo, desapego, e
desconfiança no outro, nos grupos sociais, na organização social e política.
Por outro lado, muitas pessoas fazem da infidelidade vivida, um refresco para
saciar a sede de valorização pessoal, e descobrem que nem todas as relações são
pérfidas, sempre há indivíduos buscando construir e proteger seus templos
sagrados.
Rosicler Fátima Tomaz Pereira Schäfer
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