Afetos sem prazo para todos (as) amados (as) leitores (as)
Fonte:
https://pixabay.com/, 2019.
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O
IMEDIATISMO
Nada
mais líquido que as declarações:
-
Bom dia querida!
-
Boa tarde linda!
-
Boa noite meu amor!
Tais
saudações escritas, nas primeiras vezes, não passam de imediatas cantadas, sem
qualquer pretensão de que realmente a conversação, seja parte de um
relacionamento de amizade ou de intimidade, pautados na verdade, na partilha e
no carinho fecundo e sem prazo.
Infelizmente,
o imediatismo, o desapego, e a corrida por viver relações de um instante e nada
mais, maltratam às pessoas que passam pela solidão da existência, que buscam
palavras e agires verdadeiros, e acabam encontrando as muralhas da “modernidade
líquida[1]”,
que parece esquecer a importância dos afetos e da sacralidade da alma, que
anseia por carinho e AMOR.
Rosicler Fátima Tomaz
Pereira Schäfer
[1] Modernidade
Líquida, segundo Zygmunt Bauman, que tem duas principais características da modernidade líquida são a
substituição da ideia de coletividade e de solidariedade pelo individualismo; e
a transformação do cidadão em consumidor. Nesse contexto, as relações afetivas
se dão por meio de laços momentâneos e volúveis e se tornam superficiais e
pouco seguras (amor líquido). E, de acordo com Zygmunt Bauman: “Esquecemos o amor, a amizade, os sentimentos, o trabalho bem
feito. O que se consome, o que se compra, são apenas sedativos morais que
tranquilizam seus escrúpulos éticos”.
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