Sentimentos de alegria e amorosidade para todos (as) amados (as) leitores (as)






APROXIMAM-SE DATAS DE SOLIDÃO

         Aproxima-se o Natal, e as festividades de Ano Novo, e com elas a tensão, a solidão e o pânico para muitas pessoas de estarem sós.
         Mesmo em meio a uma multidão de indivíduos, por vezes o estar só torna-se visível, seja em decorrência da sensibilidade, ou por vezes a depressão, ou até mesmo a sensação de vazio existencial, e instala-se o medo, o desamparo, e todos os conflitos interiores que ficam escondidos.
         São dias em que impera a pressão de que deve-se estar feliz, sorrindo à toa, mesmo que fazendo uso de subterfúgios, como das bebidas alcóolicas, drogas psicoativas e outras substâncias farmacológicas. Tais meios de fuga não sanam a dor da alma.
         Dor da alma que acompanha todos os dias, e que aprofunda-se no Natal e virada de ano, datas que deveriam propiciar alento, carinho, ternura, porém imbuídas nas mazelas da pós-modernidade[1], que são muitas, desde a propagação de modismos até as pseudo amizades da redes sociais. Enfim, falta AMOR real, relacionamentos fundamentados na amorosidade expressa nos olhares, não só de curtidas, seguidores, compartilhamentos. As redes sociais são um canal de informação, pesquisa, entretenimento, um estímulo a busca de conhecimentos, um meio de comunicação, ao menos devem ser entendidas assim, e não como a realidade da vida individual e particular das pessoas.

Rosicler Fátima Tomaz Pereira Schäfer



[1] Para Jean-François Lyotard, a "condição pós-moderna" caracteriza-se pelo fim das metanarrativas. Os grandes esquemas explicativos teriam caído em descrédito e não havendo mais "garantias", e inclusive a "ciência" já não poderia ser considerada como a fonte da verdade. Conforme o crítico Fredric Jameson, a Pós-Modernidade é a "[...] lógica cultural do capitalismo tardio", fazendo parta da terceira fase do capitalismo. De acordo com Zygmunt Bauman, um dos principais pensadores que popularizou o termo Pós-Modernidade no sentido de forma póstuma da modernidade, passou a preferir utilizar a expressão "modernidade líquida", a qual é uma realidade ambígua, multiforme, na qual, como na clássica expressão do manifesto comunista, tudo o que é sólido se desmancha no ar.

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