RELACIONAMENTOS ACABAM O AMOR AOS FILHOS E ENTES QUERIDOS NÃO.
FINAL
DE RELACIONAMENTOS – CONTINUIDADE DE AMOR AOS FILHOS (PARTE I)
Leitores, um tema tornou-se
efetivamente relevante, diante de tantos finais de relacionamentos, no passado,
hoje e talvez, esperançosamente sejam menos intensos no futuro; visto que a maioria
deles demonstram a falta de AMOR e afeto, e o pior de dignidade e respeito para
com o outro. Como se não bastasse o desamor e desafeto atingem os membros do
núcleo familiar, de maneiras sutilmente cruéis, que até mesmo Maquiavel,
pensaria duas vezes, em agir, frente ao fato de atingir os filhos, de ambos, de
um dos pares, ou dos dois pares, dos animais de estimação, dos idosos.
A família, em todas as suas
dimensões e variações é um núcleo fundamental na vida existencial de todo ser
humano, desse núcleo depende a saúde física, mental, afetiva e espiritual de
toda pessoa. Quando uma família esquece-se de preservar e cultivar o amor, o
espaço é ocupado pela doença, desequilíbrios, depressão, inadequações passam a
fazer parte de alguns membros da mesma. Geralmente, os filhos, são os mais
vitimados, carregando os estigmas por gerações.
Nos momentos em que o núcleo
familiar passa a ser um vínculo doentio sem estrutura, onde às vítimas não
encontram caminhos para seguir, e muitas vezes acabam por adotarem ídolos com
pés de barros, sejam eles genitores biológicos ou afetivos e aqueles que
vitimam muitas vezes o fazem sem sequer perceberem, pois estão isolados no
individualismo da sociedade atual. Nesse sentido cabe destacar o texto de Maria
Berenice Dias, para uma leitura, análise e reflexão:
Quem lida com
conflitos familiares certamente já se deparou com um fenômeno que não é novo,
mas que vem sendo identificado por mais de um nome: “síndrome de alienação parental” ou “implantação de falsas memórias”. Este tema começa a despertar a
atenção, pois é prática que vem sendo denunciada de forma recorrente e
irresponsável. Muitas vezes, quando da ruptura da vida conjugal, um dos
cônjuges não consegue elaborar adequadamente o luto da separação e o sentimento de rejeição, de traição, faz surgir
um desejo de vingança. Desencadeia um processo de destruição, de
desmoralização, de descrédito do ex parceiro. O filho é utilizado como
instrumento da agressividade. É levado a rejeitar o outro genitor, a odiá-lo.
Trata-se de verdadeira campanha de desmoralização. A criança é induzida a afastar-se de quem ama e que também a ama.
Isso gera contradição de sentimentos e destruição do vínculo entre ambos.
Restando órfão do genitor alienado, acaba identificando-se com o genitor
patológico, passando a aceitar como verdadeiro tudo que lhe é informado. Neste
jogo de manipulações, todas as armas são utilizadas, inclusive a assertiva de
ter havido abuso sexual. O filho é convencido da existência de um fato e levado
a repetir o que lhe é afirmado como tendo realmente acontecido. Nem sempre consegue discernir que está
sendo manipulado e acaba acreditando naquilo que lhe foi dito de forma
insistente e repetida. Com o tempo, nem
o genitor distingue mais a diferença entre verdade e mentira. A sua verdade
passa a ser verdade para o filho, que vive com falsas personagens de uma falsa
existência, implantando-se, assim, falsas memórias (DIAS, MARIA BERENICE, 2015). (grifos
meus)
Leitores
no próximo artigo sobre o tema Final de Relacionamentos – Continuidade de Amor aos
Filhos (Parte II) escreverei sobre as dores da alma que os filhos crescidos
sentem, quando nascem os filhos menores e passam a não mais receberem os mesmos
afetos e cuidados. Feliz fim de semana, com muito AMOR e CARINHO.
Rosicler Fátima Tomaz Pereira Schäfer
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